sábado, 4 de dezembro de 2010

A Noite no Centro



Um choro pela noite, som de carros. Vozes sussurradas que mais parecem gritos. Passadas pelos becos, pés apressados andando longe daquilo que se pode chamar escuro. Um jornal já não os contenta, e nem a novela.
A noite parece mais quente que o dia. Conversas de pessoas ignorantes, que não sabem que neste prédio, pessoas querem dormir. Uma sirene de ambulância passa pela rua a uma velocidade e tanto. Assim imitam os rachas lá longe, onde só se ouvem arrancadas e freios no asfalto.
Gritos... É uma TV ligada. O que se pode fazer em uma madrugada de terça- feira? Ler um livro, assistir TV, não! Ouvir os sons antes de ressonar.
O mundo não é mais como antes, está cada vez mais quente, nojento, poluição sonora, visual, a própria poluição gasosa. Quantas partículas (milhares) já aspirei... Ou você acha que seu nariz é privilegiado com puro oxigênio. Não, cara não é assim que acontece. As coisas mudaram até aprendi novas coisas.
Será que isso te haver com globalização? Ou é a teoria de Darwin se concretizando?
O homem age de uma forma que nem nós mesmos sabemos explica.

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