sábado, 4 de dezembro de 2010

Samba à tardinha



O pandeiro tocou;
A moçada se agitou
E o batuque do tambor
O povo eletrizou

Aos poucos a roda foi formando
Um cidadão começou a sambar
O som vinha do coração
Batucando uma canção

Alegria brilhou nos olhos,
De quem estava triste
A preguiça foi-se embora
Deu lugar a coragem
Dizendo que viria em outra hora.

A mistura do movimento dos pés
Animou a mulherada
Tinha até porta bandeira
Desfilando com a toalha

O zabumba apareceu
E a cada batida
O coração da macharada
De erotismo explodia

O samba invadiu a alma
Do roqueiro e do regueiro
Desmistificando a mentira
Na verdade que eles viam

O sol já se punha no expoente
Dizendo adeus, aquela moçada
Que expunha suas peles
Pra quem quisesse admirá-las

O pandeiro parou de tocar
A alegria deixou lugar,
Mas as almas permaneceram
No jeito honesto do povo brasileiro

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