sábado, 4 de dezembro de 2010

És tu?



Esperei, esperei...
Uma angustia acelerou o meu eu
Ele viria?
Sim ou, Não! Ele viria.
Trocaria-me?
Por uma ingênua televisão!
O tempo passou, as luzes se apagaram
Me afligi,
Estava sozinha!
Sozinha na escuridão do teatro.
Mas enfim concentrei-me na peça
Derrepente..., Desprendi-me,
Aquele respirar ofegante,
O rebuliço na cadeira.
Ele estava atrás de mim
Queria pregar-me uma peça?
Sim, era ele.
Teria eu a audácia de olhar para trás e julgá-lo;
Não, não queria fazê-lo
Mais sim ouvi o seu riso,
Não tinha como.
Era ele!
Há, aquele arfar de cansaço
Nada me confunde,
Sim era ele!
Uma coisa chamou-me atenção.
A fadiga lá atrás havia cessado
Oh! Duvida cruel,
Não é ele!
Ouvi,
Ouvi!
É ele!
Sua voz suave imitou o som:
“O que?”
Indagando algo que não entendi.
Sim era ele
O tempo todo.
Aquele arfar de exaustão
Era ele!
Não me renderei tão fácil.
Me agüentarei até o fim do ato,
E só no fim, há no fim. Te olharei!
O ato acabara...
Olho ou não, Há vou olhar...
Não! Não posso.
Esperarei até o fim da peça.
Teu arfar não foi mais ouvido
Nem tua  voz
Mas a certeza eu tinha.
Eras tu!
A peça acabou...
Quando poderei trocar palavras,
Olhares?
Há é agora...
Não!
Não era ele!
Este homem não era ele
Mas como?
 Não era ele...
Então, ele não veio,
Durante todo esse tempo.
Estivera só eu
Eu sozinha.
Há sim,
Fui trocada!
Por uma televisão.

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