Seguimento VII
Dormimos da mesma maneira da noite passada, e no dia seguinte quando acordei Mario já havia acordado e saído. Então segui meu dia normalmente, como sempre fazia. Quando cheguei na empresa encontrei mais dois pacotes só que dessa vez verdes, e também endereçados a mim. Como era o mesmo tipo de papel decidi que iria abrir na sequência em que os recebi, então joguei todos eles dentro da bolsa e fui ao trabalho, era dia de fechar todas as programações para o resto da semana. Estranhei que Mario tinha vindo trabalhar fiquei no comando, somente no ultimo expediente ele apareceu uma hora entes de terminar o expediente, disse que só ia pegar alguns papeis na sala de Luiz e se despediu de mim. Perguntei se hoje ele iria me incomodar ele disse que não, que talvez uma próxima vez, disse que iria viajar, agradeci e dei-lhe uma boa noite. Fechei meu expediente como normalmente e quando cheguei no meu lar e parei para ler os envelopes procurei dentro de minha bolsa e não encontrei nenhum, corri para a mesinha e havia sumido todos os envelopes. Quando voltei-me para a bolsa só encontrei apenas o bilhetes que o cara vendedor de revistas me deu.
“Receberá alguns envelopes, com um premio que você ganhou na compra das revistas, serão entregues com segurança em suas mãos, cuidado, pois é uma quantia muito insegura para ser divulgada. Parabéns!”
Seguimento VI
Empurrei o tal delinqüente e disse para ele ir embora pois já tinha o que queria. Mais que aquilo ele não teria. Fui direto ao trabalho e cheguei um pouco atrasada por causa do individuo.
Na minha mesa encontrei algumas cartas que estavam endereçadas ao meu apartamento, estranhei e assim que vi o substituto do chefe, joguei as cartas na minha bolsa. Conversamos sobre o arquivamento, e expliquei que no dia de hoje terminaríamos de arquivar o restante dos projetos. Não comentamos nada durante o primeiro expediente sobre o que tinha acontecido porém, ele me acompanhou até o restaurante que eu sempre almoçava quando não tinha muito trabalho.
Conversamos sobre tudo desde as outras empresas, até as que tentavam nos ultrapassar no mercado. Quando terminamos a refeição ele insistiu que eu desse mais um beijo, e dei apenas um tocar de lábios que pouco significava para mim. Voltamos para a empresa no carro do Mario, me pediu mais uma vez para ir ao meu apartamento. Disse que dessa vez não, pois iria sair e voltaria tarde. Ele compreendeu, deixou-me quieta o resto do dia todo, era terça feira e neste dia o cinema tinha uma boa parcela de publico. Fui ao cinema e assisti duas cessões quando cheguei no meu aposento, já era tarde e vi um homem junto a minha porta estranhei achei que fosse alucinação e que estava dormindo, mais quando me aproximei era o Mario. Abri a porta não dei uma palavra ele entrou logo atrás de mim. Quando fechei a porta encontrei mais três pacotes vermelhos que me fizeram lembrar dos outros pacotes que encontrei mais naquele momento não daria para abri-los com o Mario ali, então joguei todos dentro da gaveta da mesinha que havia ali e junto desses coloquei os outros que havia recebido na noite passada...
Seguimento V
Pouco depois cai no sono, não me lembro de mais nada, mais sei que dormi bem. Acordei no outro dia com o despertador, e dei de cara como maldito do Mario, cara eu me esqueci de enxotá-lo na noite anterior.
Dei um empurrão grande nele para ver se a pedra se quebrava. Sorte dele que não tinha cama, senão ele tinha ido de encontro ao chão. Ele abriu os olhos e disse bom dia minha princesa.
“O que? Além de dormir na minha casa sem permissão, vem me chamando de princesa, é melhor você ir pro seu ninho. Que já vou trabalhar.”
Ele me olhou com olhos exaustos, e disse hoje você tira folga, meu amor. Olhei pára ele não acreditando na cara de pau que ele estava insinuando naquele instante. “Você ta louco, meu patrão é outro, Mario.” “Relaxe meu amor, vamos descansar até meio-dia e depois vamos almoçar juntos e quando for no segundo expediente, digo que estava com você e que você se encontrava muito doente”
“Eu tenho que trabalhar” Quando puxei minha coberta sem querer arranquei a do visitante também, e vi que o tal tinha tirado a roupa e estava só de roupa intima. Fiquei bestializada com a imagem que vi. Um cara de cueca na minha cama, de manhã, o que não iriam pensar se descobrissem. No meu interior veio um riso que consegui conter.
Fui direto ao banheiro e quinze minutos depois estava pronta para o trabalho. Quando olhei para o colchão no chão, vi o canalha, já vestido e fui em direção a porta. Virei me para ele, e chamei-o, ele disse que queria se despedir cordialmente de mim. Surpresa mais uma vez, o arranquei do meu ninho com garras. Ele foi em cima de mim, pedindo um beijo disse que não e o empurrei, fechei a porta e antes que eu conseguisse colocar a chave na fechadura o cara me beijou, a força.
Seguimento IV
Disse-me que queria saber como eu estava depois do que aconteceu na empresa. Disse a ele que eu estava bem, e que não aconteceria novamente. Ele perguntou-me “Tem certeza?” balancei a cabeça, ele se aproximou de mim, e pediu-me um beijo, foi impossível resistir, e beijei-o durante um tempo. E pedi par que ele fosse embora mais ele disse que queria ficar comigo aquela noite, e em muitas outras. Eu disse que ele poderia ficar mais que não aconteceria nada de mais. Ele foi até a estante mexeu em alguns DVDs e pediu-me para assistir um filme com ele. Perguntei qual, e ele disse, o que você mais gosta de assistir. Olhei para o colchão onde dormia e vi uma bagunça joguei tudo para um canto, cobri com um lençol que não estivesse fedendo á mofo, e meio envergonhada por não ter outro lugar para oferecer, perguntei se ele queria se sentar.
Ele não respondeu nada e sentou-se. Expliquei á ele que fazia menos de três anos que eu morava sozinha. Ele disse que no começo também foi assim, e falou que eu não me preocupasse por que com o tempo tudo iria melhorar. Sentei do lado oposto ao dele, e ele me lembrou que queria assistir um filme. Fui no aparelho e coloquei um filme que havia assistido quatro dias atrás e que ainda estava dentro do aparelho. Deixei o filme rolar, em um volume médio, e voltei para o meu lugar.
A noite fazia frio, eu estava vestida de roupa de dormir, mais mesmo assim sentia frio. Mario não falou nada seu olhos estavam centrados no aparelho de TV, comentei sobre o frio ele disse que também sentia muito frio. Ofereci um cobertor e o mesmo aceitou, cobriu os joelhos que estavam dobrados e permaneceu sentado. Deitei-me e cobri minhas pernas com outro cobertor, e concentrei-me no filme.
Era uma história longa, típica de documentário, eu estava com muito sono, e ele perguntou-me se podia se deitar, eu respondi que sim...
Seguimento III
Pediu-me uma dança, disse que não dava por que não sabia dançar, mais ele retrucou dizendo que também não sabia. Além do mais ninguém estava vendo, foi ai que me rendi, o inevitável aconteceu um beijo. Mais logo em seguida dei-lhe uma tapa e disse, você sabe que nossa relação é impessoal.
Peguei minha bolsa e ouvi ele dizendo “Dê uma oportunidade á você mesma.”
Ele estava certo fazia dois anos e seis meses que eu estava me dedicando somente ao trabalho e me esquecendo de mim mesma, quando entrei no banheiro para lavar meu rosto, percebi que meu cabelo estava muito grande e decidi que ele precisava de um corte. Meus olhos estavam com olheiras, e eu mais parecia uma velha com aquela blusa.
Quando sai do banheiro, Mario já havia fechado a porta do escritório, pensei em levar algumas pastas para trabalhar em casa, mais já que ele havia fechado não queria pedir para ele abrir novamente a porta. Fui para casa á pé já que era cedo ainda, e moro á menos de seis quarteirões do trabalho. Pensei em ir ao cinema mais, em plena segunda feira, então ouvi alguém bater na porta. Não esperava nenhuma visita, e estranhei, quando vi era um cara com alguns envelopes ele disse que era da empresa, comecei a estranhar mais antes que eu pudesse abrir os envelopes, bateram novamente á porta. Joguei os pacotes sobre uma mesinha e virei-me para á porta, “Talvez, ele tenha esquecido outro pacote”.
Que nada, era o Mario, olhei para ele, “Posso entrar?”
Balancei a cabeça e deixei-o entrar não fechei a porta e perguntei o que ele queria.
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