domingo, 2 de janeiro de 2011

Meu frio, minha escuridão

Vinha em direção a meu lar,
De súbito olhei para o céu
Procurava uma figura branca
Que não se encontrará lá.
O céu estava límpido sem estrelas,
Aos poucos mergulhado na escuridão,
Imensa escuridão do céu infinito
 Era a lua, aquele astro maravilhoso,
Sempre que estava presente
Trazia-me ao coração um gosto de viver e amar.
 Gosto de olhá-la até ela sumir no poente.
Mas as nuvens cinza dominavam...
Deixando resquícios que ainda era dia.
Anunciavam que a qualquer momento,
As águas desabariam sobre a terra.
E quando isto acontecesse,
Nosso encontro estaria desmarcado.
Aos poucos a noite chegava.
E quando ela aparecesse,
Não seria notado à hora exata
Igual ao sono, não se sabe exatamente à hora,
Apenas quando se acorda.
Com a escuridão,
Veio a chuva como companheira.
Olhava pela janela, os céus se entregarem
A eterna escuridão,
Quando o telefone tocou.
Não sentia meus ouvidos
Apenas sentia a vibração do som.
Hipnotizada...
Era você, como eu já imaginava
Mais uma vez desmarcamos...
Quem sabe um encontro na chuva
Sentiríamos melhor o calor do corpo do outro.
Mas agora era tarde...
A chuva caia pesadamente sobre o telhado.
Fazia um frio tremendo, mas eu queria  
Sentir algo melhor
A água do chuveiro era fria,
Vesti roupas intimas,
Meu corpo estava tremendo.
Deitei me sentindo o frio dos lençóis
Mas não me cobri, olhei para a janela
As gotas de água desciam apressadamente
Apaguei as luzes, e com calafrios dormi
Pensando que talvez você pudesse me abraçar
E eu então sentiria o teu imenso calor
Dominar o meu frio.

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